Redução dos apoios à contratação de jovens preocupa JSD
Comunicado
- A social democracia é favorável à existência de políticas públicas de promoção de emprego que promovam a empregabilidade jovem, bem como a empregabilidade de desempregados de longa duração.
- A JSD acredita que as políticas públicas devem servir também para o incentivo à formação profissional, e que devem ajudar as empresas a incorporarem recursos humanos qualificados que promovam a sua competitividade e capacidade de exportação.
- A taxa de desemprego jovem subiu nos últimos 4 meses em Portugal (dados do Instituto Nacional de Estatística), e continua a ser uma das mais altas em toda a Europa. É ainda de realçar que em 2014, segundo dados recentes[1] da Comissão Europeia, 52.4% dos jovens que terminaram a sua experiência no programa Garantia Jovem tinham ocupação 4 meses apenas o término do programa.
- Posto isto, a JSD não compreende, a agora tornada pública, política de redução de apoios à contratação, através da eliminação para metade da atual isenção da taxa social única, principalmente depois de, nas últimas semanas ter sido também de conhecimento geral que a maioria do emprego criado em Portugal é precário e a prazo. Não nos surpreende o pouco espaço e disponibilidade das empresas para a contratação sem termo, mas surpreende-nos, sendo estes dados públicos, que o Governo escolha não apoiar as empresas que estão a contratar.
- Esta opção de corte nos apoios à contratação é (mais uma) machadada nas oportunidades desta geração e queremos deixar bem clara a nossa condenação destas opções políticas que põem em causa o emprego dos nossos jovens, o futuro das novas gerações em Portugal. Os salários em Portugal já são baixos, mas agora o Governo deixa à vista toda uma estratégia para negar as possibilidades de emprego aos jovens. Rejeitamos, por completo, esta estratégia do governo das esquerdas que nega a possibilidade de criação de emprego a milhares de jovens portugueses. Enquanto optam por pagar salários milionários a alguns gestores públicos, demonstram uma completa falta de visão para os reais problemas do país e da juventude portuguesa. Com menos apoios à contratação, haverá menos emprego, menos crescimento e inovação, mais emigração e menos natalidade.
- Afinal a solução do PS para o problema da emigração jovem está finalmente à vista. O corte nos apoios à contratação de jovens é, aparentemente para este Governo, a maneira mais rápida de reduzir a emigração jovem e até fazer os jovens portugueses qualificados voltarem!
- Se o assunto não fosse tão sério, a JSD convidava todo o Governo, após o anúncio desta “excelente” medida de apoio ao emprego a, em conjunto com a JSD, dirigir-se aos aeroportos nacionais para receber os milhares de jovens portugueses qualificados que estão já a regressar a Portugal, conforme prometido por António Costa. Mas assim, só podemos dizer que António Costa não tem qualquer preocupação com o futuro dos jovens portugueses e que neste momento reduzir os apoios à contratação com as taxas de desemprego existentes é governar Portugal a partir da estratosfera, sem qualquer conhecimento da realidade dos cidadãos.
[1] – http://ec.europa.eu/social/main.jsp?langId=en&catId=1161&newsId=2629&furtherNews=yes